O Jornal da Cidade publicou sua crítica para o segundo filme da saga Crepúsculo, Lua Nova. Sugiro, aos que ainda não assistiram ao filme, que não continue a leitura deste post. É importante lembrar que, somos fãs e nunca teremos a mesma visão daqueles que comentam o filme. Então vamos respeitar o que eles têm a dizer, afinal, nada nem ninguém mudará nossa opinião ou entenderá como nos sentimos em relação a história.
Que “2012” que nada! O campeão de bilheteria este ano, de acordo com os analistas do mercado cinematográfico, deverá ser mesmo “Lua Nova”, a segunda etapa de quatro filmes baseados em
livros de Stephen Meyer. “2012” conseguiu a proeza de levar 69 milhões de dólares nos três primeiros dias de exibição – de sexta a domingo da semana passada –, e acredita-se que a bilheteria final ficará ao redor de 350 milhões só nos Estados Unidos. No resto do mundo, a performance do filme catástrofe de Roland Emmerich é de causar inveja: foi o campeão de venda de ingressos em todos os países onde foi lançado, inclusive no Brasil.
Mas, as perspectivas para “Lua Nova” são ainda mais abrangentes. O filme já teve exibições em pré-estreias de uma sessão desde a terça-feira última, em algumas praças dos Estados Unidos, e a arrecadação surpreendeu. A estreia oficial ocorreu no primeiro minuto desta sexta-feira por lá, e no resto do mundo está estreando hoje, em sessões que geralmente começam as 11 horas da manhã. O primeiro filme da série, “Crepúsculo”, faturou surpreendentes 69 milhões de dólares nos três primeiros dias de exibição e a expectativa é que o segundo chegue um pouco mais longe, transformando-se num recordista de bilheterias, o que deverá derrubar o mito de que “filme para mulheres” não consegue faturar bem nos primeiros momentos.
Em Aracaju são apenas duas estreias. “Lua Nova” chega programado para 24 sessões diárias (mas, amanhã, serão 26 sessões) em versões dubladas e com legendas, nos dois complexos cinematográficos da cidade. O Cine Cult traz um filme bombástico: “Anticristo”, o filme que escandalizou Cannes e deu o prêmio de melhor atriz neste festival, a Charlotte Gainsbourg, a charmosa filha –, mas não tão bonita quanto – de Jane Birkin. Prepare-se para um filme de cenas fortíssimas, não só em termos de sexo (há uma ou duas tomadas de sexo explícito), mas principalmente em questão de violência, principalmente, em termos de terror psicológico. É de botar pra derreter este novo filme de Von Trier.
LUA NOVA
O primeiro filme da série, “Crepúsculo”, foi sem dúvida, um êxito inesperado. Produzido por empresa independente, a Summit, a baixo custo, nenhum dos grandes estúdios se interessou por ele – tanto que, no Brasil, foi distribuído por pequena empresa, a Paris Filmes. Tomaram na cabeça: “Crepúsculo” virou uma coqueluche entre o público jovem e um campeão de bilheteria. A Summit já garantiu os direitos dos demais livros da série escrita por Stephanie Meyer. O segundo capítulo chega agora às telas, o terceiro começou a ser filmado em setembro para lançamento daqui a um ano.
Em “Crepúsculo”, a história era centralizada em torno de uma jovem adolescente, Bella, de 18 anos e o seu amor, um vampiro, Edward, de quase 120 anos. Basicamente o filme era essa história de amor impossível que agradou principalmente ao público feminino.
Agora, Bella continua apaixonada por Edward, mas entra em cena um novo galã, o lobisomem Jacob, que aparecia no primeiro filme em papel secundário. Agora, a família de Bella pretende afastá-la de Edward e envia para longe de Forks, Washington, a pequena cidade onde o filme se passava. Em outro cenário, ela reencontra o amigo Jacob Black, que é um garotão tão elegante quanto Edward. Bom, garotão é um modo de dizer: na verdade é um Lobisomem. Edward fica a ponto de perder Bella.
O novo filme é uma superprodução de 90 milhões de dólares, que remete o par de atores do filme original – a jovem Kristen Stewart e Robert Pattinson –, mas dá mais destaque a Taylor Lautner, o jovem que faz Jacob. Pattinson até desaparece de cena por mais de meia hora. Não chega a decepcionar a mulherada, porque Lautner consegue segurar o filme.
A diretora do primeiro filme, Catherine Hardwick, foi substituída por Chris Weitz – autor de pelo menos dois filmes interessantes, “Um Grande Garoto” e “A Bússola de Ouro” -, que privilegia boas cenas de ação, e até uma estética mais light. Aliás, as primeiras críticas ressaltam o belo trabalho fotográfico do espanhol Javier Aguirresarobe, com um bom uso de travellings e cores.
A atriz Kristen Stewart (que trabalhou no muito elogiado “Na Natureza Selvagem”, inédito por aqui, mas já editado em DVD) é um dos brotinhos marcantes para o cinema comercial de Hollywood. Robert Pattinson e Taylor Lautner já estão certos para o terceiro filme. Atenção para o pequeno papel feito por Dakota Fanning.
“Anticristo”
É preciso ter estômago forte para poder suportar as imagens crueis de “Anticristo”, o mais novo filme do dinamarquês Lars Von Trier. Dele se conhecem obras marcantes, como os notáveis “Ondas do Destino”, “Dançando no Escuro” e “Dogville”. Um dos autores do movimento Dogma, que movimentou o cinema dinamarquês nos anos 90 e preconizava um cinema despido de lantejoulas, Trier deixou o seu cinema mais frio, mas mais pragmático. Longe de tudo isso, chega “Antcristo”.
É uma história de culpas, em verdade. Um casal – eles não têm nomes – sofre com a morte do filho pequeno, que pulou do alto de um prédio, enquanto eles faziam amor. A mulher parece não se recuperar desse incidente cruel. O marido leva-a então para uma casa perdida no bosque, para exercer sua função de psicanalista. Pretende analisá-la e devolver-lhe a vontade de viver. À mulher, porém, vem sempre a imagem do menino. Ela, tudo indica, mergulha num poço negro, de onde não tem saída.
Esse relacionamento vai se esvair em cenas de extrema violência – como já tinha passado por cenas de sexo explícito. Muita coragem dos dois atores centrais, Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg. São eles dois em cena, e só. E diálogos enxutos. E cenas cada vez mais depuradas.
O diretor Lars Von Trier, durante o Festival de Cannes, chegou a ser ríspidos com espectadores que não gostaram de seu filme. Mas, também deu poucas explicações. Está tudo na tela, dizia ela, nada mais a acrescentar.
Então, é isso, é vê-lo para tomar contato com uma das obras mais polêmicas dos últimos dez anos. Não deixe de vê-lo com o olhar crítico de apaixonado pelo cinema.

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